terça-feira, 1 de dezembro de 2020

SE CALHAR AINDA DÁ

Boa tarde a todos,

É verdade voltei, passados 5 anos acho que faz sentido voltar a escrever não só por achar que faz falta haver pelo menos uma voz com uma perspetiva mais positiva mas acima de tudo para a minha sanidade mental pois já me estava a fazer falta passar cá para fora alguns pensamentos.

Cada vez mais estamos envolvidos numa onda de fácil pensamento negativo e isso infelizmente tem estado a minar a nossa capacidade de raciocínio isento e futurista. Apesar de ser fácil vir falar de Covid-19 e aproveitar o tema para relançar o blog mas quem me conhece sabe que caminhos mais fáceis geralmente não são a minha escolha, por isso decidi falar sobre algo diferente como a importância de ser mais racional e de ter amor próprio.
Este ano de 2020 tem sido um ano de superação coletiva em diferentes áreas mas acima de tudo tem sido, pelo menos para mim, um ano de superação e força anímica pessoal e acho que isso foi o que fez a diferença de mim para muita gente que eu conheço.

Aquando somos deparados com estas situações que nos aparecem e têm esta magnitude a nossa primeira reacção passa na maioria das vezes por copiar comportamentos das nossas referências pois infelizmente a parte emotiva é o que vem à tona e com ela traz as nossas inseguranças e medos, o que acaba por nos toldar em algumas acções e as reacções ficam à flôr da pele.

Para quem me conhece sabe que tento sempre por a parte racional à frente de qualquer reacção emotiva e isso traz consigo consequências positivas e negativas em todos os campos, mas focando naquilo que é o objectivo de hoje, a parte racional foi o que me ajudou a encarar este desafio global de uma maneira mais positiva e ajudou-me a perceber o papel que eu tinha de ter não só em casa mas acima de tudo na sociedade.
A falta de sentido de liberdade puxou a parte racional em mim de uma maneira que eu não estava à espera, pois apesar de não ser fácil sermos privados de algo pela qual sempre demos por garantido que é a nossa liberdade, mais difícil é mentalizarmo-nos que temos de cumprir essa privação, não só por mim mas muito mais por aquilo que poderia causar a outros.
Esta perspectiva racional foi o que me fez aguentar 7 meses em casa, sem qualquer tipo de contacto externo que não fosse essencial, este comportamento para alguém que tem a parte emotiva mais acentuada que a racional acredito que seja realmente muito complicado, é algo que vem pôr em causa questões de autoestima e de amor próprio bastante complexas pois as pessoas que conheço que têm esta característica mais emotiva um dos maiores medos que têm é o de serem esquecidas, ou de perderem relevo ou importância na vida de alguém.

Apesar de não concordar com esse pensamento, aceito-o pois acredito que ele é derivado da dificuldade que temos em gostar de nós próprios e da necessidade que temos do elogio e da palavra de apreço ou reconhecimento, no entanto defendendo um bocado o meu lado da bancada a capacidade que eu tenho de gostar de mim e do que eu faço tem de partir de mim, com isto não quero dizer que viremos todos narcisistas e vamos todos virar para o culto do "eu" mas sim quero dizer que eu não posso ser assim tão mau, eu não posso estar constantemente à espera de outros para tomar decisões ou posições que eu acho que para mim são o que me faz sentido, a minha opinião sobre mim tem de contar! 

Ultimamente tudo o que nos rodeia não tem sido grande fonte positiva de inspiração o que vem dificultar manter a boa disposição e as chamadas energias positivas, no entanto tudo o que nos rodeia consegue ser a melhor maneira de garantir que apenas nos rodearmos de apenas algo que nos venha permitir aumentar minimamente essa boa disposição.
Imaginando que todos nós temos aquelas pessoas que nós sabemos que a grande vitória da vida delas é o lamento e o choro, onde garantem a transmissão de desgraça alheia em redor disparando para todos os lados nem querendo saber quem possa ficar mais ou menos afetado com o que é dito, a desculpa do confinamento e da distância social consegue ser a melhor desculpa para não ter que estar com esse tipo de pessoas pois infelizmente actualmente ninguém precisa de mais desgraças.

É verdade que me podem vir dizer, "ah mas tu não podes ser assim", mas quem me conhece sabe que a parte racional vai sempre predominar e neste momento se as pessoas vêm com conversas negativas constatando o óbvio e falando mal de tudo e todos para se sentirem melhores lamento mas eu não vou fazer parte desse público.


Gosto muito de mim e da minha sanidade mental, e tenho para mim que não vou agradar a todos portanto se as pessoas que não vou agradar são esses chamados "velhos do restelo" ou " velhas beatas" eh pah que seja, que se calhar dá! 

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